O que é tarifa Fio B? Entenda como ficou a cobrança!
Antes de saber como ficou a cobrança da tarifa fio B, é necessário compreender que ela é apenas um dos componentes tarifários, mas não o único a ser cobrado.
Toda conta de energia é composta pela Tarifa de Energia (TE) e Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD). Na TE, temos energia e encargos. Já a TUSD, é composta por fio A, fio B, encargos e perdas.
Agora que você está ciente da composição da fatura de energia, vamos explorar o conceito, funcionamento e as atualizações da tarifa B.
O que é Fio B?
O fio B, ou fio de retorno, é um dos componentes tarifários presentes na TUSD. Neste sistema, são pagos todos os gastos do sistema de distribuição e transmissão.
Em resumo, a tarifa B é o custo de distribuição de energia. Nela, temos os valores do uso da infraestrutura da concessionária local na distribuição de energia até uma indústria, residência, propriedade rural e outros locais.
Qual é a relação do Fio B com a Lei 14.300?
Antes da Lei 14.300 — a tarifa B não resultava em gastos extras na conta de luz. A partir de Jan/2023, ela passou a ser cobrada, mas apenas quando a energia gerada for injetada na rede.
Entenda na prática:
Uma pessoa comprou um gerador de energia solar para instalar em uma casa com 3 pessoas. Porém, estes moradores ficam o dia todo fora.Durante este período, toda a energia solar produzida é injetada na rede da concessionária local e consumida por outras pessoas. Logo, o fio B será cobrado se, no momento que a energia solar fosse gerada os moradores estivessem em casa para consumi-la, não teria nenhuma ‘sobra’ e a tarifa fio B não seria cobrada.
O nome deste processo é simultaneidade.
Como é feito o pagamento do Fio B?
A boa notícia é que a cobrança da tarifa B foi planejada para feita gradualmente, aumentando a taxa ano após ano até chegar aos 90% em 2028. No ano de 2029, novas regras entrarão em vigor — elas serão definidas futuramente pela ANEEL.
Entenda como será o pagamento da tarifa fio B:
É importante destacar que todas as pessoas que fizeram requerimento para o sistema de energia solar antes de 7 de janeiro de 2023 possuem um direito estabelecido e não serão afetadas pelas novas políticas de tarifação até 2045.
Como calcular o TUSD do fio B?
O cálculo do valor do fio B pode ser feito no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Siga o seguinte passo a passo:
Entre no site da ANEEL;
Acesse o menu;
Selecione a opção ‘Assuntos’;
Clique em ‘Tarifas’;
Depois entre em ‘Relatórios e Indicadores’;
Role a página até chegar na opção ‘Base de Dados das Tarifas das Distribuidoras de Energia Elétrica’ e entre — se o acesso for feito em um computador, acione o comando Ctrl + F e pesquisar o termo na barra de pesquisa;
No menu localizado no canto superior esquerdo, busque pela opção ‘Componentes Tarifárias’;
Feito isso, busque por ‘Componente Tarifária’ e selecione ‘TUSD_FioB’;
Ao lado, estará ‘Ano, Mês’. Clique no ano em que deseja saber o valor;
As informações da tabela estão divididas por região e o valor é o último componente dela.
Para ter informações ainda mais assertivas, você pode selecionar outras opções disponíveis no menu, como a classe correspondente, subclasse e outras.
Com o valor em mãos, basta dividi-lo pela tarifa cheia e multiplicar o resultado por 100.
Quando vai começar a pagar o Fio B?
A cobrança da tarifa B foi iniciada em janeiro de 2023, sendo feita em todos os projetos homologados após o dia 7 do mesmo mês. Caso você ainda não possua um painel fotovoltaico e esteja em dúvida se deve ou não investir, conheça as principais vantagens da energia solar!
Mesmo com as novas cobranças, a energia solar ainda é uma boa opção, afinal, ela continua gerando economia na conta de luz. Além de contar com um excelente custo benefício, considerando que o sistema pode durar até 25 anos.
Outra vantagem, falando diretamente com quem trabalha no setor imobiliário ou construirá um novo empreendimento, é a valorização de casas e estabelecimentos com sistema fotovoltaico.
Para completar, precisamos ressaltar que a energia solar é totalmente renovável e sustentável. Ou seja, além de economizar, você ainda contribui para o bem-estar do planeta.